A pandemia de Covid-19 e a chegada do Pix como um novo formato de pagamento impulsionaram a digitalização e a simplificação das transações financeiras em ritmo jamais antes visto, o que deverá alterar muito o cenário brasileiro de meios de pagamentos digitais.
Em artigo para a GVexecutivo, o mestrando da FGV EAESP Herbert Lima, orientado pelo professor e pesquisador Eduardo de Rezende Francisco, conduziram uma pesquisa cujos resultados indicam que a intenção de uso de carteiras digitais está relacionada às percepções de utilidade, conveniência e facilidade que o serviço oferecer. “Usuários consideram úteis apps com pagamento de boleto com cartão de crédito, conta bancária digital e transferência de quantias entre contas sem cobrança de taxas”, explicam os autores do artigo. A conveniência está mais relacionada a apps de recarga de celular e de bilhete para transporte público, ou pagamentos via QR Code e integração direta com as maquininhas de pagamento (POS). Já a facilidade costuma estar associada a apps com experiência de uso intuitiva e linguagem simples.
Por isso, produtos como maquininha de cartão, DOC, TED e cartão de débito podem deixar de existir caso não consigam adaptar seus modelos de negócios às mudanças. Já bancos digitais, grandes varejistas e carteiras digitais ganham espaço para potencializar suas propostas de valor com o Pix.
“A pesquisa mostrou que não ter soluções que tragam essas qualidades impacta significativamente a adoção do produto e coloca a empresa em desvantagem na exploração de novas oportunidades trazidas pelo Pix”, concluem os autores.
Confira o artigo na íntegra na GVexecutivo