Modelos de negócios sustentáveis geram impactos significativos no âmbito social e ambiental. Com isto, os gestores de startups brasileiras apostam na inovação através da economia circular. Otimizar a vida útil dos produtos e reduzir o desperdício e o descarte de materiais são ações que garantem o alinhamento das empresas aos parâmetros ESG – Environmental, Social and Governance – e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Conforme estudo que conta com a autoria de Susana Carla Farias Pereira, professora da FGV EAESP, as startups são modelos de negócios conectados com os desafios que o consumidor enfrenta na atualidade. A crise sanitária, as mudanças climáticas e o crescimento da pobreza e do desemprego exigem que empreendedores adotem diretrizes globais de governança sustentável, reduzam a pegada ecológica e invistam em parcerias e cooperações.
O ambiente das startups é propício para inovações disruptivas. São negócios resilientes e capazes de transformar o mercado em que atuam. Neste contexto, soluções digitais como a inteligência artificial, os sistemas de georreferenciamento e a internet das coisas garantem mais eficiência aos processos produtivos e contribuem para melhores resultados em indicadores econômicos e ambientais. A adoção de soluções digitais e circulares também pode contribuir para o surgimento de novos unicórnios nos próximos anos.
Desenvolvido a partir de 51 entrevistas com proprietários e gestores, o estudo contribui para contextualizar o fenômeno das startups brasileiras. Em 2021, para encorajar inovações e investimentos no setor, o Governo Federal estabeleceu o Marco Legal das Startups. No entanto, de acordo com as autoras, ainda se verificam oportunidades de avanço nos empreendimentos pesquisados, relacionadas à adoção plena das iniciativas de inovação e economia circular.