A perspectiva de estudos da orientação para a aprendizagem está ligada à busca de vantagem competitiva das organizações. São pesquisas que trazem aportes para pensar a capacidade, a inovação e o desempenho das empresas para além de medidas absolutas de sucesso, como vendas e crescimento do lucro em comparação com a concorrência. Sem uma orientação para a aprendizagem consolidada, as empresas podem cair em armadilhas como realizar ações repetitivas e imitações.
Porém, a orientação para a aprendizagem não é sinônimo de uma orientação estratégica para as empresas. Isto porque a orientação para a aprendizagem está ligada ao monitoramento de qualidade das informações que compõem o planejamento estratégico, o qual por sua vez subsidia as orientações estratégicas.
A afirmação é de artigo com a coautoria do pesquisador da FGV EAESP Marcelo Gattermann Perin publicado na revista “Journal of Business Research”. Os autores analisam a literatura sobre aprendizagem organizacional e sua relação com as orientações estratégicas das empresas através de artigos publicados a partir de 2010 em revistas bem classificadas na área de negócios.
Segundo o artigo, 16 dos 46 estudos consultados operacionalizam a orientação para a aprendizagem apenas como um compromisso com a aprendizagem, o que não captura seu significado teórico. Os autores também indicam que os trabalhos fundamentais sobre o conceito são originados em países desenvolvidos. Portanto, é interessante avançar na compreensão sobre a orientação para a aprendizagem em outros contextos, como os mercados emergentes.