A adoção de tecnologias de criptomoedas por organizações de finanças solidárias tende a crescer significativamente nos próximos anos, conforme os gestores das comunidades financeiras conhecem mais sobre a abertura e as possibilidades das também crescentes criptomoedas.
Pensando nisso, Eduardo Diniz e Adrian Cernev, pesquisadores da FGV EAESP fizeram um estudo para auxiliar as organizações por trás das moedas comunitárias a melhorarem a sua escalabilidade sem colocar em risco suas missões sociais, por meio da adoção de plataformas de tecnologia distribuída, como o blockchain, detalhando as imbricações de governança e arquitetura envolvidas em tais projetos.
A pesquisa investigou o fenômeno das criptomoedas ao estudar em particular o caso das criptomoedas que tem objetivos explicitamente sociais ou ambientais, que também são conhecidas como criptomoedas solidárias.
Uma das primeiras descobertas dos pesquisadores foi que era preciso alinhar o tipo de governança existente nas instituições e a arquitetura da plataforma de criptomoeda solidária para que ela seja bem sucedida.
Outro ponto destacado no estudo é que as arquiteturas que têm governança fechada são mais propensas a serem atreladas a moedas fiduciárias ou outras medidas estáveis.
Por fim, a percepção dos pesquisadores foi que, em geral, as criptomoedas solidárias que têm foco em em questões locais tendem a ter uma maior taxa de adoção.
“Ficou claro que existem limitações das tecnologias de blockchain para as organizações focadas em finanças solidárias. Profissionais que atuam com moedas comunitárias/solidárias que estejam considerando utilizar a tecnologia blockchain em seus projetos de financiamento solidário devem considerar o impacto potencial em sua estrutura de governança, escolhendo a arquitetura de blockchain mais apropriada”, sugerem os autores.
Saiba mais detalhes sobre este estudo conferindo na íntegra no Information Technology for Development