Resumo da pesquisa
- A disponibilidade de tecnologia mudou a forma de trabalho das equipes, as quais passaram a operar virtualmente, alterando a dinâmica dos times
- É preciso evitar abordagens focadas unicamente na tecnologia e adotar uma perspectiva integrada de transformação organizacional.
- Os pesquisadores propõem um modelo original, indicando os fatores críticos para implantação do local de trabalho digital.
Pesquisador(es):
Claudia Santiago
A pandemia causada pela Covid-19 obrigou milhares de trabalhadores a migrar para o trabalho remoto. Empresas que antes resistiam para testar o modelo, ou que o faziam com limitações, viram o processo acelerar, implantando o trabalho remoto rapidamente. Ao ver que o trabalho continuava a ser feito, as empresas perderam o receio e os funcionários gostaram da experiência. A questão é, o que virá em seguida?
No artigo publicado na GV-executivo, Claudia Santiago, doutora pela FGV EAESP e executiva na Cargill e os professores Thomaz Wood Jr. e Beatriz Maria Braga, ambos da FGV EAESP afirmam que “um simples retorno ao modo predominantemente presencial anterior é improvável. A ciência administrativa não dispõe de bola de cristal capaz de antever o futuro. No entanto, a leitura dos estudos sobre o tema e o exame da experiência recente das empresas levam-nos a uma projeção: o futuro do local de trabalho administrativo não será presencial ou remoto; será digital, integrando os dois modos.”, afirmam.
Eles explicam ainda que para implementar as mudanças, é preciso que as políticas corporativas também mudem, estabelecendo regras para elegibilidade ao trabalho virtual, programas de incentivo e suporte, considerando as leis do trabalho a fim de evitar que mudanças geradas pela tecnologia entrem em conflito com dispositivos legais vigentes. Na análise de quais seriam as principais ações e práticas para uma implementação bem-sucedida do local de trabalho digital, os autores defendem uma abordagem de tradição sociotécnica, que integra dimensões humanas e tecnológicas da organização. No artigo, eles propõem um modelo original para facilitar o planejamento da mudança.
Confira o artigo na íntegra na GV-executivo.