De acordo com a percepção de profissionais brasileiros, o mercado de trabalho do futuro será mais flexível em relação ao modelo de contratação e permitirá mais tempo de trabalho remoto. É o que indica pesquisa coordenada pelo professor da FGV EAESP Paul Ferreira, executada junto ao think tank Amanhã do Futuro do Trabalho (AFTr). O estudo visa a auxiliar a gestão de recursos humanos das organizações diante das incertezas sobre as tendências do mundo corporativo nos próximos anos.
Os pesquisadores entrevistaram 508 profissionais de empresas de todas as regiões do país sobre 33 prováveis mudanças do trabalho no futuro em quatro dimensões: natureza do trabalho, força do trabalho, execução do trabalho e educação para o trabalho. O objetivo foi entender quais destas mudanças já obtêm grande concordância, quais geram grande discordância e quais são consideradas ainda indefinidas.
A homogeneidade na concordância entre os respondentes foi verificada em 13 afirmações, como “trabalhos que exigem criatividade e inovação serão altamente valorizados e bem remunerados”, “haverá grandes mudanças nas relações de trabalho contratuais em direção a contratos temporários e flexíveis”, “as inovações tecnológicas irão exigir uma constante requalificação da força de trabalho” e “o modelo ‘work from anywhere’ terá grande relevância nos motivos para os trabalhadores aceitarem uma proposta de trabalho”.
Outros aspectos apontados pelos respondentes são o interesse crescente dos colaboradores em equilibrar vida pessoal e profissional para garantir a saúde mental e a crença de que aposentadoria será menos comum entre os trabalhadores. “O público feminino apresenta maior nível de certeza em relação às afirmações que orientam para políticas de diversidade e inclusão, equilíbrio entre vida pessoal e profissional e a geração de valor para a sociedade”, destaca o estudo.
Acesse na íntegra a pesquisa “Dicotomias no Futuro do Trabalho: Entenda como os gestores podem tomar decisões sobre os modelos a adotar em meio a tantas incertezas”. Criado em 2020 e responsável pela pesquisa, o think tank Amanhã do Futuro do Trabalho (AFTr) é composto pela FGV EAESP, Grupo Stefanini, MIT Sloan Review Brasil e Talenses Group.
Com informações da Insight Comunicação