Com a pandemia da covid-19, muitas mudanças na natureza do trabalho foram aceleradas, como a intensificação do trabalho remoto e a flexibilização da jornada de trabalho. Essas mudanças geram preocupação com o bem-estar dos trabalhadores, que ficam mais tempo conectados ao escritório e, ao mesmo tempo, sentem as fronteiras entre sua rotina em família e na empresa se misturarem. A tecnologia também traz desafios para o mercado de trabalho, já que a automatização de tarefas pode contribuir para o desemprego em algumas funções repetitivas.
Em série de análises publicadas na revista MIT Sloan Review, o professor da FGV EAESP Paul Ferreira analisa as tendências do mundo do trabalho diante de mudança das relações trabalhistas e dos avanços tecnológicos. O primeiro texto já está disponível e lança as bases para a proposição de uma agenda para o futuro do trabalho no Brasil.
A análise é baseada em duas pesquisas realizadas entre novembro de 2019 e abril de 2020 com executivos de diversas áreas do mercado no Brasil. Os dados obtidos possibilitaram a descrição de quatro tipologias para pensar a nova realidade do mercado: a natureza do trabalho, a execução do trabalho, a força de trabalho e a educação.