Nos últimos 12 meses, 70% dos investidores trocaram de plataforma por meio da qual investem seu dinheiro. Destes, 46% migraram de bancos para plataformas como corretoras e fintechs; e 24% fizeram o contrário, trancando plataformas por bancos tradicionais. O principal motivo apontado para a mudança foram os custos elevados.
Os resultados são de estudo realizado pelo Centro de Estudos em Finanças (FGVcef) da FGV EAESP e a Toluna, com exclusividade para o portal E-Investidor/Estadão. O objetivo foi identificar a percepção dos clientes em relação ao atendimento de bancos e plataformas de investimento.
A pesquisa, coordenada pelos professores da FGV EAESP William Eid e Claudia Yoshinaga, entrevistou 512 pessoas de todas as regiões do Brasil no início de junho, sendo 41% homens e 59% mulheres, maiores de 18 anos. A renda familiar anual dos participantes varia de R$ 28 mil a mais de R$ 470 mil.
Para os que retiraram seus investimentos de bancos, o custo foi a principal razão indicada pelos entrevistados (44%), seguido por aconselhamento de amigos e parentes (33%) e serviço deficiente (17%). Para os bancos com grande número de respondentes na pesquisa, o destaque maior é para o Santander, com mais de 54% de consultados indicando que migraram para plataformas/corretoras.
O serviço de assessoria prestado também foi avaliado na pesquisa. Um em cada cinco clientes de bancos nunca tiveram assessoria para investimentos. E um terço dos respondentes indicam ter alguma dificuldade de entender o que o gerente/assessor fala.
“O mundo dos investimentos está evoluindo muito rapidamente, agências de bancos têm seus dias contados”, diz William Eid, diretor FGVcef, para o E-Investidor/Estadão.
De acordo com o relatório, a saída de corretoras e fintechs, mesmo sendo menor, ainda é relevante, já que corresponde a um quarto dos entrevistados. As plataformas que apresentaram a maior proporção de mudança foram a Inter (34%), seguida pela XP (25%) e Easyinvest (24%). Custos elevados, seguido de serviço deficiente e aconselhamento de amigos/parentes são os motivos apontados para a migração para bancos.
Confira o relatório completo aqui.