Consumidores brasileiros não associam suas escolhas alimentares às consequências ambientais. A principal barreira para a adoção de dieta sustentável é o prazer de comer carne. Em seguida, está a falta de informação sobre dietas à base de plantas. Quanto mais significativas essas barreiras são para o indivíduo, mais desafiador será obter uma predisposição para a mudança de hábitos alimentares.
As informações são de artigo com participação dos pesquisadores da FGV EAESP Carlos Eduardo Lourenço e Riccardo Borgheresi publicado na revista “Sustainability”. A pesquisa é baseada em 497 respostas a questionário sobre escolhas alimentares associadas à sustentabilidade. Todos os respondentes residiam no estado de São Paulo e 73,2% não seguiam padrões alimentares específicos, como ovolactovegetarianismo ou vegetarianismo estrito.
O artigo explica que, quando tem alta predisposição para a mudança de hábitos alimentares, o consumidor muda seu comportamento. Por isso, é necessário sensibilizar os indivíduos com aumento da frequência e volume de informações sobre as vantagens da redução do consumo de carne para a saúde e para o meio ambiente.
Os setores de produção e de indústria de alimentos à base de plantas devem investir na conscientização dos consumidores sobre os benefícios de dietas sustentáveis. A melhor compreensão sobre as barreiras de consumo também permite a elaboração de ações mais assertivas nos níveis individual, coletivo e político para a promoção de comportamentos mais saudáveis e sustentáveis, completam os autores.