De 557 municípios da Faixa de Fronteira brasileira, 453 possuem baixo desempenho em indicadores de saúde. Quanto aos indicadores de meio ambiente, 299 municípios têm desempenho mediano. Os apontamentos são de artigo com a participação do pesquisador da FGV EAESP Marco Antonio Catussi Paschoalotto publicado na revista “Ambiente & Sociedade”.
Os autores analisaram indicadores de saúde e meio ambiente de 557 dos 588 municípios brasileiros que compõem a Faixa de Fronteira nacional. A partir dos dados, relativos ao ano de 2016, criaram dois índices, um para saúde e outro para meio ambiente.
O artigo compara os dados de três sub-regiões: arco Norte (Amapá, Pará, Roraima, Amazonas e Acre); arco Central (Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul); e arco Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). O arco Central tem a melhor média de atendimento total de água e de cobertura de coleta de resíduos e o menor número de acidentes com animais peçonhentos. O arco Sul tem a menor média de perdas na distribuição de água e menos óbitos de causas evitáveis entre crianças com menos de cinco anos.
Já o arco Norte tem os piores indicadores relacionados ao meio ambiente, destacam os autores, como baixo nível de atendimento total de água e de cobertura de coleta de resíduos. O arco Norte também possui número maior de municípios com baixo desempenho na área da saúde, como maiores taxas de óbitos de causas evitáveis entre crianças com menos de cinco anos, o que pode ser explicado por uma infraestrutura socioeconômica mais precária da região.