Ei, você! Você mesmo! Você já parou para pensar como são treinados os pilotos de avião? Será que eles estudam a teoria, fazem algumas aulas práticas e logo de cara assumem o comando de uma aeronave? Ou será que treinam horas a fio, nas mais diversas e adversas condições de voo em um simulador, antes de assumirem o cockpit de fato?
Em gestão, os “aprendizes” tradicionalmente assumem cargos de estagiários e/ou trainees e, com o passar do tempo e o ganho de experiência, vão assumindo mais tarefas e responsabilidades até serem efetivados como profissionais e assumirem cargos executivos.
Mas será que também na Administração o treinamento por meio de uma gestão simulada não poderia ser interessante? Uma das técnicas proporcionadas pela tecnologia é a possibilidade de “Business Game Simulations”, onde de forma lúdica e divertida, os participantes dos jogos simulam a sua atuação em um dado mercado, planejando e tomando decisões e avaliando os resultados das determinações adotadas.
Trabalhando há mais de dez anos com jogos de negócios, inclusive tendo desenvolvido dois deles – o CBG (Cooperative Business Game) e o HSG (Health Service Game) –, verificamos que ao simular com jogos, o participante desenvolve uma visão sistêmica integrada da gestão, além de melhorar em alguns soft skills, tais como relacionamento e desenvolvimento de trabalho em grupo.
A tecnologia, facilitando a realização dos jogos de simulação, viabiliza a disseminação do conhecimento e a interação entre as pessoas, além de permitir e possibilitar um melhor aprendizado em gestão. E você, já teve alguma experiência nesse sentido?
Fernando M. Serson é professor do Depto. de Marketing da FGV EAESP desde 2002, sendo também sócio-diretor da QUES-Qualidade e Excelência em Serviços. Ainda, há oito anos é coordenador acadêmico de jogos de simulação de negócios nos cursos de pós lato sensu e In Company da FGV EAESP.