Como fatores culturais influenciam a adoção de políticas externas feministas?
No novo episódio do Podcast Impacto, Marina Fantuci Castanheira, autora da melhor dissertação do MPGI (Mestrado Profissional em Gestão Internacional) da FGV EAESP, conversa com Andréa Cerqueira sobre sua pesquisa premiada que analisa a interseção entre política externa feminista, liderança feminina e dimensões culturais nacionais.
A pesquisa utiliza a teoria de Geert Hofstede para investigar como aspectos como feminilidade versus masculinidade e distância do poder influenciam a implementação da Feminist Foreign Policy (FFP na sigla em inglês). O estudo compara quatro países — Suécia, Canadá, França e México — e revela como valores culturais moldam tanto a presença de chanceleres mulheres quanto a adoção de políticas externas comprometidas com a igualdade de gênero.
Suécia, pioneira em políticas feministas, apresenta baixos índices de distância do poder e alta feminilidade, o que facilita a implementação de iniciativas progressistas. Já o Canadá adota uma abordagem estratégica mais centrada em benefícios econômicos, refletindo uma cultura intermediária nos dois indicadores. França e México também são analisados, oferecendo uma leitura mais complexa sobre os desafios e avanços da FFP em diferentes contextos.
“Entender os fatores culturais é essencial para ampliar a aceitação e o impacto global da política externa feminista”, afirma Marina, que foi orientada pelo professor Guilherme Stolle Paixão e Casarões.
Este episódio é essencial para quem se interessa por relações internacionais, igualdade de gênero, política pública e os desafios culturais da gestão global.
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