Áreas da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) que receberam novas infraestruturas de transporte público – como linhas de ônibus e /ou estações de trem ou metrô – entre os anos 2000 e 2010 tiveram a sua taxa média de trabalho informal reduzida em até 7 pontos percentuais a mais quando comparado com áreas que também deveriam ter recebido tais infraestruturas, o que não ocorreu devido a atrasos.
Os resultados são de estudo publicado na revista científica “Research in Transportation Economics” por Frederico Roman Ramos, professor da FGV EAESP e pesquisador do FGV Cepesp, em co-autoria com Ana Moreno-Monroy, da Universidade de Liverpool, no Reino Unido. O estudo é pioneiro em sua abordagem dos efeitos da expansão do transporte público sobre os resultados do mercado de trabalho.
Para fins de comparação, os autores selecionaram as áreas analisadas a partir de plano histórico de expansão da rede de transporte para a RMSP de 1968. As taxas de informalidade locais foram avaliadas a partir de dados em nível individual dos censos populacionais do IBGE de 2000 e 2010.
Em 2010, a rede de metrô na RMSP alcançava 62,3 km de extensão, o que significa que havia em média 3,2 km de linha por milhão de habitantes. De acordo com o plano oficial de infraestrutura de transporte de 1999, cinco novas estações em duas linhas diferentes deveriam ter sido concluídas em 2010, mas não foram entregues. Em relação às linhas de ônibus, a construção de 108 km entre 2000 e 2010 foi complementada com a utilização do Bilhete Único, criado em 2004.
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