Conversamos com João Lins sobre sua premiada tese do doutorado profissional na FGV EAESP, que aborda a Gig Economy e as novas relações de trabalho. A Gig Economy, ou economia gig em tradução livre, é um mercado de trabalho que depende fortemente de cargos temporários e de meio período preenchidos por contratados independentes e freelancers, em vez de funcionários permanentes em período integral.
Segundo João Lins, embora a de Gestão Estratégica de Recursos Humanos (GERH) tem demonstrado a importância da gestão de pessoas e indicado um conjuntos de práticas associados a desempenhos organizacionais, o crescimento da força de trabalho contingente e dos modelos flexíveis de trabalho acrescentam novas questões e perspectivas para a aplicação dos conceitos do campo, por isso, o estudo investiga esses novos modelos de vínculo e seus impactos na gestão de pessoas, focalizando as plataformas digitais de trabalho voltadas para profissionais qualificados (freelancers).
Dentre os principais achados, João Lins destaca que os profissionais independentes têm perfil diversificado e suas atitudes em relação à carreira podem ser influenciadas pelas razões que os levaram a escolher esse modelo de trabalho e por sua identidade profissional. Além disso, a contratação de freelancers via plataformas tende a ser vista pelas organizações como uma maneira de complementar competências, mas muitas vezes esses profissionais se envolvem em atividades ou projetos estratégicos. Outro ponto é que mecanismos tradicionais de gestão de pessoas para alcançar comprometimento não se aplicam do mesmo modo para os freelancers e, ainda, surgem novas formas de expressar comprometimento em uma tríade de relações formada por profissionais, plataforma digital e empresas contratantes.
Confira no player abaixo esses e outros pontos de destaque da pesquisa: