O Projeto Rio Doce foi um esforço formado por professores e pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para identificar e mensurar os danos socioeconômicos provocados pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), em novembro de 2015.
A participação da FGV se insere no contexto de um acordo firmado em 2017 entre o Ministério Público Federal e o Ministério Público de Minas Gerais com a mineradora Samarco Mineração S/A, que operava a barragem, e com a Vale S/A e a BHP Billiton Brasil Ltda, suas sócias-controladoras. Esse acordo teve como propósito garantir respaldo técnico-científico para a imposição da reparação integral dos danos causados pelo desastre.
Em vista do acordo, as empresas envolvidas Vale, BHP e Samarco comprometeram-se a custear a contratação de assistentes técnicos para apoiar o Ministério Público Federal na realização de diagnósticos e valoração dos danos socioeconômicos decorrentes do desastre. Por dano socioeconômico deve-se entender todo dano ocorrido nos diferentes aspectos da vida da população dos munícipios atingidos, o que passa pela saúde, renda, trabalho, moradia, educação e segurança, entre outras dimensões.